A medicina integrativa recorre, a par das abordagens da medicina moderna, também aos procedimentos dos sistemas médicos tradicionais. Desta forma, o foco da intervenção clínica, não se cinge ao diagnóstico médico moderno, mas engloba uma perspectiva global do paciente.
Corpo, mente e a espiritualidade de cada paciente são integrados na prática clínica através da consideração das suas mútuas interações e da sua influência na saúde e doença individual.
O objetivo essencial da medicina integrativa é o apoio à capacidade de auto-cura do corpo. Desta forma, com base na anamnese são sugeridas orientações comportamentais e alimentares, assim como também são facultadas estratégias de auto-ajuda. Podem ser ainda acrescentados, sempre que necessário e possível, meios fitofarmocológios e suplementos alimentares, que possam apoiar o processo individual.

Em suma, este é um modelo individualizado, centrado no paciente e uma abordagem baseada na ciência que identifica as causas subjacentes da doença para promover saúde e bem estar geral.
Para isso é necessário reconhecer factores genéticos, bioquímicos e de estilo de vida de cada pessoa, para assim encontrar planos de tratamento individualizados que levam a melhores resultados clínicos.
É por isso uma abordagem individualizada — baseada na ciência, mas centrada no indivíduo, indo mais além do simples tratamento de sintomas e tentando compreender a causa principal da doença ou disfunção.
Abordagem Integral para o tratamento
A maior parte dos desequilíbrios funcionais podem ser identificados e podem ser completamente restabelecidos para uma função óptima e outros podem ser substancialmente melhorados.
Prevenção é chave: virtualmente, cada doença cronica é precedida por perturbações das funções que podem ser identificados e restabelecidos. Para isso é preciso um criterioso exame médico, muitas vezes associado a exames laboratoriais funcionais para ser possível apresentar um plano de tratamento individualizado.
Tratamentos podem incluir combinações de medicamentos, ervas medicinais, suplementos nutricionais, dietas terapêuticas e programas de desintoxicação. Podem também incluir aconselhamento do estilo de vida, exercício físico e técnicas de gestão de stress.
Assim, a medicina funcional combina áreas da medicina convencional e terapêuticas complementares em tratamentos personalizados, identificando as necessidades individuais de cada paciente.
Desta maneira, o paciente torna-se um aliado, o que vai aumentar as hipóteses de conseguir os melhores resultados de saúde e bem-estar.
O que é a Medicina Funcional?

É uma evolução da prática de medicina que aborda com mais eficácia as necessidades da saúde do século 21.
Tem havido uma mudança do pensamento da abordagem tradicional de tratar a doença para se focar no paciente como um todo e não só o isolamento de sintomas.
Em suma, os clínicos que trabalham com uma abordagem funcional têm tempo para avaliar o paciente, ouvir as suas historias e fazer a conexão das interacções genéticas, ambientais e de estilo de vida que podem influenciar a saúde e contribuir para a doença.
Porque precisamos de clínicos que trabalham com a abordagem funcional e integrativa?
A nossa sociedade apresenta um número crescente de indivíduos que apresentam de doenças crónicas e complexas, como diabetes, doenças coronárias, cancro, doenças mentais e auto-imunes.
No entanto, o sistema de medicina praticado pela maioria dos clínicos é orientado para resolver sintomas agudos, em vez de encontrar as causas principais (“root causes”) que levaram aos sintomas e doença.
Existe um intervalo enorme entre a aplicação dos conhecimentos fornecidos pela ciência fruto de vários estudos clínicos e laboratoriais na pratica clínica. Particularmente na área das doenças crónicas e complexas.
Contudo, a maior parte dos clínicos não foi treinado de maneira adequada para identificar a conexão das doenças crónicas e complexas aplicando estratégias como nutrição, dieta e exercício para tratar e prevenir doenças.
Porque é a medicina funcional diferente?
Os clínicos que trabalham com uma abordagem da medicina funcional percebem a origem, prevenção e tratamento das doenças cronicas e complexas.
O enfoque está no paciente, promovendo saúde e vitalidade para alem da ausência da doença.
A abordagem é Integrática, com base em conhecimentos científicos, identificando a complexa rede de interacções na história do paciente, fisiologia e estilo de vida que podem levar à doença.
A combinação genética única de cada individuo e considerada ao lado dos factores internos (mente, corpo e espírito) e factores externos (físicos e socio-ambientais) que podem afectar a função como um todo.
A medicina funcional e integrativa combina o melhor da medicina tradicional clínica com medicinas alternativas através da nutrição, dieta e exercício; usando as últimas novidades de testes laboratoriais de Drogas farmacêuticas, medicinas botânicas, suplementos, dietas terapêuticas, programas de detox e técnicas de gestão de stress.
Factores a ser considerados
Influencias ambientais– tipo de dieta, qualidade da comida, qualidade do ar que respiramos e da água que bebemos, nível de actividade física, exposição a toxinas ambientais e traumas.
Conexão corpo-mente– Os factores psicológicos, espirituais e sociais tem uma influência profunda na saúde. Considerando estas áreas, vai ajudar a ver o paciente como um todo e não considerando só o sintomas físicos.
Make-up genético – Apesar da expressão individual dos genes pode tornar uma pessoa mais susceptível para a doença, o ADN não tem um plano genético imutável para a vida.
Estudos recentes mostram que os genes podem ser influenciados pelo ambiente, assim como por experiências, atitudes e crenças. Isto significa que e possível alterar a maneira como os genes são activados e se expressam.
Através da avaliação das causas subjacentes da disfunção, é possível identificar os sistemas afectados e que estão relacionados com funções importantes como:
- Desintoxicação
- Regulação de hormonas e neuro transmissores
- Sistema imunológico
- Respostas inflamatórias
- Digestão e absorção de nutrientes
- Sistema digestivo
- Integridade estrutural das células
- Equilíbrio psicológico e espiritual
- Produção de energia
Todas estas funções são influenciadas pelos factores ambientais e genéticos. Se estes estiverem desequilibrados, podem desenvolver sintomas que podem levar a doença se não forem aplicadas intervenções eficazes.
